Declarar o amor pelo G.R.C.S.E.S. VAI-VAI sempre foi muito simples. Uma escola quase secular, supercampeã, de torcida gigantesca e sambistas memoráveis.
Como não amar? Quem não se orgulharia de fazer parte? Quem não vestiria essa camisa?
Eram muitos defensores, diretores e amigos, tantos que mal se conseguia distinguir o que era a “diretoria” e o que não era. Foram esses que, somados a essa administração vexatória, afundaram a ESCOLA DO POVO.
Na noite do dia 23 de abril (terça-feira), foi realizada a mudança de nossos carros alegóricos e demais materiais para a FUPE (local onde se concentram as escolas do Grupo de Acesso). Triste foi ver que daquela trupe não havia mais ninguém. Para fazer justiça, alias, um último remanescente, visivelmente envergonhado pela circunstância.
Para carregar esculturas, materiais e equipamentos, serviram os que antes eram chamados de vândalos e “meia-duzia de arruaceiros”. Foram esses que enfrentaram a noite dolorosa – física e moralmente. Os que lutam há tanto tempo.
Que fique registrado aqui o respeito pelos resistentes e pela RESISTÊNCIA que ainda tenta juntar os cacos desta queda.
O vídeo do início da postagem é triste, bucólico e silenciosamente desesperador, mas retrata fielmente o que aconteceu conosco: assaltados e destruídos por essa gente incompetente que deixa como legado nosso emblema rasgado e o nosso orgulho ao vento.
Não há mais o que discutir. Não há reivindicação ou posicionamento que justifique. Os responsáveis por essa tragédia haverão de pagar, na justiça dos homens e no peso da consciência, por tudo o que fizeram.
À LUTA, VAI-VAI!
Nunca será tarde para o recomeço.